BEM-ESTAR
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Quando a guerra nos entra em casa pela TV
Quando acontece uma tragédia, seja uma grande catástrofe natural ou um evento provocado pelo homem como uma guerra ou um atentado terrorista, devemos lembrar-nos que as crianças precisam de ajuda e de mediação para lidarem com essa informação.
Toda a parte de enquadramento e de filtragem deve ser feita pelos adultos, sejam pais ou educadores – as crianças não devem absorver essa realidade sozinhas porque não têm nem a maturidade nem o contexto.
E se ouvir falar de guerra e ver imagens de violência é perturbador para os adultos, não é difícil de imaginar os efeitos nefastos que pode ter nas crianças.
A solução é sempre encarar o desafio de frente, levar as preocupações das crianças a sério e falar com elas.
10 sugestões para lidar com a informação
1 – Não vale a pena esconder informação ou fingir que não está a acontecer uma guerra – as crianças vão sabê-lo na escola e nas conversas com os amigos.
2 – Não subestimar a capacidade de as crianças lidarem com a realidade e com a verdade. É preferível tomar a iniciativa de abordar os assuntos partindo do conhecimento que as crianças já têm do mesmo, utilizando uma linguagem adaptada a cada idade.
3 – Dê a sua versão da realidade sem dividir o mundo entre bons e maus; explique que Putin não representa todos os Russos e que muitas pessoas na Rússia querem a paz e estão a lutar contra esta guerra.
4 – Não diabolize as forças armadas e os soldados. Explique-lhes que Portugal também tem Forças Armadas e que a principal função de um exército é manter e defender a paz.
5 – Evite o risco de exposição das crianças a imagens de maior violência nas emissões em direto. Hoje em dia com a “box” é possível rever o telejornal, selecionando a parte adequada à sua idade, com os pais a fornecerem o devido contexto.
6 – É importante que eles percebam que nem tudo o que vemos é verdade (os nossos filhos recebem muita informação através das redes sociais que nem sempre é verificada).
7 – Dê espaço para que a criança faça perguntas e exteriorize os seus medos e angústias e leve as preocupações deles a sério – é importante que ela se sinta ouvida e compreendida.
8 – Apresente a realidade de forma simples e clara, mas evitando alarmismos ou exageros para não criar medos desnecessários e ansiedade excessiva na criança.
9 – Explique que todas as guerras acabam por ter um fim e valorize a importância do diálogo na resolução de todos os conflitos (seja na “guerra dos adultos” seja numa briga na escola).
10 – Aproveite a oportunidade para reforçar a educação dos seus filhos para a tolerância, o diálogo e a não-violência.
Se a realidade é perturbadora, é importante que eles se sintam acompanhados.
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